domingo, 19 de agosto de 2012

As Proteínas do Envelhecimento


Já aprendemos que o processo de envelhecimento apresenta uma relação direta com o metabolismo celular, devido a formação de radicais livres que esse metabolismo pode gerar. Sabemos também que as proteínas possuem diversas funções que auxiliam o pleno funcionamento dos processos metabólicos, e , portanto, apresentam também uma influência direta no envelhecimento. Nesse post, apresentaremos as proteínas que apresentam essa relação e como uma falha na função destas pode produzir um efeito cascata devastador para o organismo.
A primeira proteína a ser abordada é a proteína eIF5A, que até hoje representa um mistério para a comunidade científica. A proteína eLF5A apresenta uma diferença dentre as outras, pois possui em sua estrutura primária, o aminoácido hipusina. Esse aminoácido resulta de um processo denominado Hipusinaçao, que consiste na transformação de um resíduo de Lisina em Hipusina. A proteína eLF5A esta envolvida com o processo de síntese protéica, porem a sua função ainda é desconhecida. O que se sabe é que esta proteína apresenta uma relação direta com a perda de memória durante o envelhecimento. A proteína eLF5A se situa tanto em dendritos como em corpos celulares do neurônicos. Essa localização possibilita que o a eLF5A auxilie na síntese protéica dendritica e garante que as sinapses ocorram. Estudos demonstram que o conteúdo de eLF5A no organismo reduz em ate 50% em ratos idosos quando comparada com os adultos, e essa redução pode explicar a perda de memória que ocorre em organismos mais idosos.
Outras proteínas que apresentam influência direta no envelhecimento são a Par-4 e a Caspade-3, pelo suas respectivas ações no apoptose. A apoptose consiste na morte programada pela célula provocado por algum sinal ou fator intracelular ou extracelular. No decorrer do envelhecimento, a freqüência das apoptoses tende a aumentar, devido a desordens neurológicas. É nesse contexto que se insere a importância de proteínas como a Par-4 e a Caspade-3, pois ambas apresentam papel essencial na sinalização apoptótica . A proteína Par-4, se apresenta mais abundantemente em células que estão morrendo, e sua ativação pode levar a disfunções mitocôndrias e eventualmente a morte celular. A proteína Caspade-3 também é imprescindível para iniciar a sucessão de eventos intracelulares que levaram a morte celular. “Estudos evidenciam que o nível de estresse oxidativo pode levar a celular a morte, possivelmente pela modulação diferenciada da atividade das caspases. (Hortelano et al., 1997; Leist et al.,1997). Essas proteínas são encontradas mais freqüentemente no tecido nervoso. 
Há diversas pesquisas em andamento a respeito de proteínas do envelhecimento. Dentre elas as mais pesquisadas são, a proteína SIRT6, pela sua participação na estabilidade genômica e a Estomatina, pela sua ação na parada da divisão celular. Conhecer bem os efeitos dessas proteínas pode ajudar a elucidar alguns mistérios do envelhecimento. 

Bibliografia:
 http://www.methodus.com.br/artigo/835/mais-vida-nova-rota-para-a-longevidade.html
 http://www.usp.br/agen/?p=5889

Postado por: Artur Burle

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