segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Envelhecimento do tecido cardíaco



Olá pessoal, vou falar hoje sobre o envelhecimento do coração. 

O coração é o principal órgão do sistema cardiovascular e é um dos mais importantes órgãos do corpo humano. Ele é responsável por bombear o sangue pelo corpo, transportando assim nutrientes, gases, hormônios, água, células, etc. Ele é formado por um músculo especial, o tecido muscular cardíaco e é revestido por uma camada fibrosa chamada pericárdio.

Com o envelhecimento do corpo humano, o coração ao invés de atrofiar como os outros tecidos musculares do corpo, ele hipertrofia. Isso acontece porque os vasos sanguíneos se tornam menos elásticos, fazendo com que o coração precise se esforçar mais para bombear o sangue para o corpo. Esse esforço adicional provoca crescimento das células cardíacas.

Além da hipertrofia, a velhice acarreta mudanças na composição do endocárdio. Algumas das células cardíacas são substituídas por tecido fibroso, o qual não tem a capacidade de contração do tecido muscular cardíaco. Há depósitos de gordura nos átrios e septos interventriculares. As valvas do coração, que são compostas predominantemente de colágeno, sofrem degeneração, espessamento e calcificação de suas estruturas. O tecido que envolve o miocárdio também sofre alterações. Ele se torna mais espesso e opaco e há aumento da gordura pericárdica. 

O tempo leva ao envelhecimento e degeneração das células do marcapasso, o que altera a condução cardíaca, responsável por controlar o ritmo dos batimentos do coração. Apesar de não haver alterações no ritmo cardíaco quando o individuo está de repouso, essa degeneração pode causar arritmias e de doenças como a doença no nó sinusal.

Esse conjunto de mudanças torna o coração menos eficiente em sua função de bombear o sangue, causando cansaço por exemplo. Quando o envelhecimento natural é somado com um estilo de vida ruim – sedentarismo e alimentação rica em gordura, essas mudanças podem acontecer de tal intensidade que o coração para de funcionar e o individuo, morra. O infarto do miocárdio é uma das causas de morte mais comuns do mundo.

Mais um motivo para levar uma vida saudável. Pratique esportes, coma bem, evite estresse. Cuide do seu coração!



Postado por Fernando H. M. Nóbrega

Fontes: http://www.idosofisioabdala.com/86101/86185.html

http://www.dietadiet.com.br/interna.asp?materia=104

domingo, 19 de agosto de 2012

As Proteínas do Envelhecimento


Já aprendemos que o processo de envelhecimento apresenta uma relação direta com o metabolismo celular, devido a formação de radicais livres que esse metabolismo pode gerar. Sabemos também que as proteínas possuem diversas funções que auxiliam o pleno funcionamento dos processos metabólicos, e , portanto, apresentam também uma influência direta no envelhecimento. Nesse post, apresentaremos as proteínas que apresentam essa relação e como uma falha na função destas pode produzir um efeito cascata devastador para o organismo.
A primeira proteína a ser abordada é a proteína eIF5A, que até hoje representa um mistério para a comunidade científica. A proteína eLF5A apresenta uma diferença dentre as outras, pois possui em sua estrutura primária, o aminoácido hipusina. Esse aminoácido resulta de um processo denominado Hipusinaçao, que consiste na transformação de um resíduo de Lisina em Hipusina. A proteína eLF5A esta envolvida com o processo de síntese protéica, porem a sua função ainda é desconhecida. O que se sabe é que esta proteína apresenta uma relação direta com a perda de memória durante o envelhecimento. A proteína eLF5A se situa tanto em dendritos como em corpos celulares do neurônicos. Essa localização possibilita que o a eLF5A auxilie na síntese protéica dendritica e garante que as sinapses ocorram. Estudos demonstram que o conteúdo de eLF5A no organismo reduz em ate 50% em ratos idosos quando comparada com os adultos, e essa redução pode explicar a perda de memória que ocorre em organismos mais idosos.
Outras proteínas que apresentam influência direta no envelhecimento são a Par-4 e a Caspade-3, pelo suas respectivas ações no apoptose. A apoptose consiste na morte programada pela célula provocado por algum sinal ou fator intracelular ou extracelular. No decorrer do envelhecimento, a freqüência das apoptoses tende a aumentar, devido a desordens neurológicas. É nesse contexto que se insere a importância de proteínas como a Par-4 e a Caspade-3, pois ambas apresentam papel essencial na sinalização apoptótica . A proteína Par-4, se apresenta mais abundantemente em células que estão morrendo, e sua ativação pode levar a disfunções mitocôndrias e eventualmente a morte celular. A proteína Caspade-3 também é imprescindível para iniciar a sucessão de eventos intracelulares que levaram a morte celular. “Estudos evidenciam que o nível de estresse oxidativo pode levar a celular a morte, possivelmente pela modulação diferenciada da atividade das caspases. (Hortelano et al., 1997; Leist et al.,1997). Essas proteínas são encontradas mais freqüentemente no tecido nervoso. 
Há diversas pesquisas em andamento a respeito de proteínas do envelhecimento. Dentre elas as mais pesquisadas são, a proteína SIRT6, pela sua participação na estabilidade genômica e a Estomatina, pela sua ação na parada da divisão celular. Conhecer bem os efeitos dessas proteínas pode ajudar a elucidar alguns mistérios do envelhecimento. 

Bibliografia:
 http://www.methodus.com.br/artigo/835/mais-vida-nova-rota-para-a-longevidade.html
 http://www.usp.br/agen/?p=5889

Postado por: Artur Burle

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Menopausa e Andropausa




Pessoal, hoje vou explicar um pouco a respeito desses acontecimento metábolicos tão temidos, principalmente no meio feminino...
Estes dois processos metabólicos que ocorrem nos organismos são consequência de uma queda na produção dos hormônios sexuais cujo precursor é o colesterol como mostra o esquema abaixo:



Mas quais são as diferenças entre os dois?

Vamos começar por falar a respeito da menopausa... 



A menopausa, ao contrário do que se pensa, não é a fase em que a mulher adquire diversos sintomas devido à queda na produção hormonal; na verdade, ela é a última menstruação após a qual se inicia o período pós-menoupausa o qual explicarei aqui.

Esse período se inicia quando os ovários se tornam incapazes de produzir o hormônio sexual feminino, o estrógeno; e de secretar os ovócitos primários. A partir deste momento a mulher para de menstruar. Esta fase de perda gradual da capacidade dos ovários de produzirem hormônios sexuais é conhecido como climatério e é carazterizado pela queda gradual da fertilidade feminina.
O estrógeno desempenha diversas funções imprescindíveis no organismo, portanto a sua queda origina alguns sintomas suportáveis e, ao mesmo tempo, pode dar origem a graves doenças. Dentre os sintomas mais comuns encontram-se ondas de calor, suores noturnos, insônia, menor desejo sexual, irritabilidade, depressão, ressecamento vaginal, dor durante o ato sexual e diminuição da atenção e memória.
Como foi mencionado anteriormente, há algumas doenças que podem ser desenvolvidas devido à baixa de estrógeno. A arteriosclerose, que ocorre quando há obstrução de vasos por uma espécie de placa de gordura. Tal doença é mais comum na menopausa devido à relação do estrogênio com o equilíbrio entre as gorduras no sangue. As mulheres mais velhas também têm maior facilidade em desenvolver a osteoporose, que causa enfraquecimento dos ossos, pois o estrógeno é responsável pela fixação de cálcio nos ossos.
No entanto, apesar de todas essas consequências, a menopausa é um processo natural que ocorre com todas as mulheres em alguma fase de sua vida e com a qual elas podem lidar de muitas formas ao adequar sua dieta, fazer exercícios além de tratamentos hormonais que serão discutidos mais adiante.

Agora, e a andropausa??
Como já foi mencionado anteriormente, a andropausa também é causada por uma baixa hormonal. Mas antes de começar a explicar como funciona esse processo, gostaria de ressaltar que a andropausa é um processo que não ocorre com todos os homens e cujos sintomas variam muito.
A hipófise, uma glândula que se encontra no sistema nervoso central é responsável por produzir hormônios que estimularão as células de Leydig, células especializadas dos testículos a produzirem testosterona, o hormônio sexual masculino. A partir de uma certa idade; que varia, normalmente, dos 40 aos 50 anos, a produção de testosterona começa a cair. Entretanto, essa queda nem se compara ao que ocorre com os hormônios femininos.
Apesar disso, alguns homens podem desenvolver sintomas em decorrência dessa queda tais como aumento da gordura corporal, depressão, queda de cabelo, problemas de memória, tendência à osteoporose, dificuldade de ereção, tendência à anemia, entre outros. Outra consequência que marca a andropausa é a queda da produção de espermatozoides, pois a eficácia em se produzir testosterona a partir do colesterol cai gradualmente.

Existe algum tratamento para essas condições?

O tratamento mais comum é a reposição hormonal que, como o próprio nome diz, tem a intenção de repor os hormônios que sofreram queda. No caso das mulheres, este tratamento pode apresentar efeitos colaterais, mas o quadro geral é de melhora. Para os homens, além da terapia mencionada acima, também pode-se utilizar, caso necessário, medicamentos para a impotência sexual.
Além dos tratamentos farmacológicos, é importante se preocupar com a alimentação e a prática de atividades físicas nessa nova fase da vida.... Nada com o que não se possa viver uma vida normal e saudável!

Referências Bibliográficas:










Postado por: Carolina Saldanha